11/14/2007

Mundado-nos a nós!

Alguns dias atrás lia a passagem em que Pedro caminha sobre as águas! Lia da forma que habitualmente fui ensinado, olhando para a falta de fé de Pedro e para o auxílio que Jesus lhe presta, quando Pedro lhe pede por socorro!
No entanto reparei em algum que de alguma forma me fez pensar!
Os discípulos estavam assustaram-se quando viram Jesus, pensaram que era um fantasma! Pedro inclui-se nesse lote, de pessoas assustadas! No entanto quando Pedro viu Jesus, ele não pediu "Senhor acalma a tempestade", mas antes "Senhor chama-me para perto de ti"! Sabem o que eu vejo aqui? Vejo alguém que considera estar mais seguro junto de Jesus no meio de uma tempestade marítima, do que permanecer no local seguro, no barco! Para Pedro era melhor arriscar com Jesus, do que permanecer na sua própria segurança, sabendo ele que mais tempo menos tempo o barco naufragaria!
Jesus disse-lhe "vem"! Quando Pedro ouviu esta voz, a voz de Deus, o seu coração mudou! Ele deixou de estar a assustado e encheu-se de coragem ao som daquela voz! Ele experimentou o impossivel porque acreditou num "vem"! Não foram muitas palavras que mudaram o coração assustado de Pedro, foi só uma! Fantástico!
Mas o que me verdadeiramente impressiona é o facto da tempestade continuar a existir enquanto Pedro caminha sobre as águas! Sabem o que vejo nisto? Vejo que Deus está mais interessado em mudar-nos a nós próprios do que às circunstâncias!
Não sei se me fiz perceber, mas espero que Deus vos faça entender o que eu percebi!
Pedro de seguida caiu e clamou por ajuda! Jesus ajudo-o e novamente enquanto a tempestade continua, Pedro é transformado de um homem assustado a alguém que experimenta o sobrenatural de Deus no meio da tempestade! É que Pedro regressou para o barco, com Jesus, caminhando sobre as àguas!

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10/27/2007

No meio de pecadores

Nos dias que correm as pessoas tornam-se cada vez mais preconceituosas! A sociedade descrimina o seu próximo, diz que ele não é suficientemente bom! A sociedade exige que a pessoa mude antes de ser inserida na mesma; a sociedade exige que um drogado o deixe de ser antes de ser inserido na mesma! A prostituta, que depende do seu "trabalho" para sobreviver, tem de deixar a sua "vida" antes de poder mudar! O viciado em jogo não deve constituir família antes de se livrar do vício! O alcoólico tem de deixar o álcool antes de ser inserido no mundo quotidiano! As pessoas têm de mudar para que possam viver! Quem não obedece a estes padrões fica excluído da sociedade e passa a ser alguém, para os que o rodeiam, com um conceito definido, ainda que aqueles que o rodeiam não o conheçam! Chama-se a isso preconceito!
Nos tempos de Jesus existia um sem número de preconceitos! Alguns desses preconceitos colocavam pessoas de parte da sociedade! Existiam preconceitos sobre os Galileus, porque eram pouco instruídos nas escrituras; sobre os leprosos, porque eram amaldiçoados por Deus; sobre todos os doentes; sobre os médicos; sobre os possessos; sobre as mulheres; sobre todos os que não fossem judeus; sobre os publicanos porque cobravam acima das taxas que os romanos impunham; sobre os nazarenos e poderíamos continuar a colocar preconceitos e faríamos uma lista sem fim. Quem tivesse o azar de se incluir num deste grupos, independentemente do seu valor como pessoa, automaticamente era excluído, não prestava.
Mateus era um publicano, alguém considerado um traidor para os Israelitas. Roma governava Israel; Israel não aceitava o governo de nenhuma nação, pois Deus era o seu rei; eles ansiavam pelo filho de David!
Os romanos cobravam a cada israelita uma taxa. Essa taxa era paga aos publicanos; judeus que tinham passado para o lado dos romanos, trabalhando para eles, o que, logicamente, aos olhos dos outros eram horrível, eram traição!
Para além de trabalharem para os romanos, os publicanos cobravam acima da taxa imposta, ganhando assim muito dinheiro daqueles que eram seus irmãos! Foi por essa razão que João disse aos publicanos, "Não cobreis mais do que o estipulado" (Lucas 3:13).
Seria possível que alguns publicanos não o fizessem, mas ainda que assim fosse eram descriminados pela profissão que exerciam! É interessante notar que João não disse "deixem a vossa profissão", mas somente os avisou para não cobrarem acima do que estava imposto.
No entanto Jesus, Deus em forma de homem, no dia em que viu Mateus no seu local de trabalho, no local que o colocava como traidor, chamou-o! Deus não fez descriminação; Deus não teve preconceito quando se cruzou com aquele homem!
Será que alguém já pensou o quanto ele sofria interiormente; será que alguém já pensou que ele tinha uma família para sustentar e que tinha de ganhar dinheiro; será que alguém pensou que ele poderia não ter tido alternativa. Jesus foi fantástico! Não olhou para o que Mateus era! Olhou sim, para o que Ele ia fazer de Mateus!
Lembram-se de Zaqueu? O "maioral dos publicanos e rico" (Luxas 19:2)! Se ser publicano era ser pecador! Ser o maioral dos publicanos era ser o maioral dos pecadores, dos traidores!
Mas esse homem PROCURAVA ver Jesus! Aquele homem que fazia o que não devia, PROCURAVA ver Jesus!
Quando Jesus entrou na casa de Zaqueu as pessoas disseram o que pensavam de Zaqueu! Eles disseram que Jesus "se hospedara com homem pecador." (Lucas 19:7) Era assim que olhavam para ele!
No entanto, Jesus, Deus em forma de homem, entrou na casa de Zaqueu. O choque aconteceu! Alguém foi contra o que a sociedade definia como incorrecto! Pior, não foi um homem qualquer! Foi Deus, aquele que não pode contemplar o pecado, sentou-se com o pecador!
A sociedade evoluiu! Hoje estar com alguém à mesa não tem grande significado! As relações não se constroem assim. As relações são construídas à distância. Por telefone, por internet, carta, por um sem número de meios que possibilita "uma relação" sem "relacionamento".
Na era de Jesus, comer à mesa com alguém significava aceitá-la totalmente como ela estava; significava amá-la como ela era; desejá-la como ela estava! Daí o choque! A sociedade contemporânea criticou Deus, porque este entrara numa casa e sentara-se à mesa com os pecadores. Foi isso que aconteceu quando "estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos" (Mateus 9:10), a sociedade religiosa, os que ditavam o que era certo e errado criticaram Jesus, criticaram a forma de Deus actuar! Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores"? Porquê? Porque Jesus, Deus, estava a aceitar aquelas pessoas da forma como estavam! Porque Jesus, Deus, queria a companhia daquelas pessoas que percebiam quão frágeis eram, quão descriminadas eram! Pessoas que sabiam que por elas próprias nada poderiam fazer para mudar as suas vidas! A única possibilidade era confiarem em alguém que os pudesse ajudar! Em Jesus, os pecadores viram a ajuda; em Jesus, os pecadores viram a aceitação; em Jesus, os pecadores viram que Deus os amava; em Jesus, os pecadores viram que Deus quer estar com eles, relacionar-se com eles! Fantástico aquilo que Jesus veio fazer!
É possível que para muitos de nós isto não seja novidade! É possível que muitos já tenhamos entendido como é que Jesus se comportou com os pecadores! Mas é também possível que muitos não se tenham apercebido de algo! De um pormenor! Daquelas coisas que por vezes lemos mas não reparamos, não valorizamos!
Quem estava à mesa? Jesus! Sim! Correcto! Quem estava à mesa? Os pecadores! Sim! Correcto! Quem mais estava à mesa? Os discípulos! Sim! Correcto! E daí? Qual é o ponto? Uma grande verdade! Não são os discípulos o inicio da Igreja? Se são, então a igreja, no seu inicio aprendeu a aceitar os pecadores! Os discípulos também comiam com eles, relacionavam-se com eles!
Qual é a situação que pretendo levantar? No inicio disse que a sociedade criou um sem número de preconceitos! Prostituas, alcoólicos, homossexuais, divorciados, viciados em jogos, adúlteros, são pessoas a evitar contactar! Não prestam!
Ao olharmos para a forma como Jesus lidou com isso, apercebemo-nos que foram essas pessoas que melhor receberam a graça de Deus! Pessoas que sabiam que eram o que eram, pecadoras; e que nada poderiam fazer para por elas próprias se mudarem! Jesus aceitou-as como estavam, na esperança e no desejo de que no futuro, através do Seu relacionamento com eles, estes mudassem! Mas isso era Jesus! Isso era Deus! Mas o pior é que foi assim que a Igreja aprendeu! Os discípulos comiam à mesa com os pecadores na presença de Jesus!
Hoje a igreja vive dias em que mostra mais o legalismo que a graça de Deus! Queremos que o alcoólico deixe de o ser antes de entrar na igreja! Não percebemos o que Jesus veio fazer. Queremos que a prostituta deixe de o ser antes de entrar na igreja! Queremos que o viciado em drogas, jogo, sexo, deixe o vicio antes de entrar na igreja! Queremos que o homossexual deixe de o ser antes de entrar na igreja! Quando vamos entender que é ao contrário! Eles (todas estas pessoas) que venham como estão e graça de Deus se há-de manifestar neles a ponto de os mudar! Porque "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes (Mateus 9:12)" e "onde abundou o pecado superabundou a graça" (Romanos 5:20)

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10/11/2007

Leann Rimes - Amazing Grace

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Ele quis estar só!

João Baptista, primo de Jesus, morreu. Jesus tomou conhecimento e quis ir para um lugar isolado a fim de que pudesse de alguma forma estar só. Foi e partiu com os doze amigos para um lugar deserto, não um manto de areia, mas um lugar solitário.

Nesse lugar Jesus pôde estar só e de alguma forma ganhar ânimo, pois havia perdido um familiar e todos nós sabemos o que isso custa! Entretanto, enquanto ele quer estar só, surge uma multidão, pronta a ouvir os seus ensinos e a ser abençoada por ele, mas não nos podemos esquecer, Jesus queria estar só!

Ainda assim, Jesus encheu-se de "coragem" e abençoou os que o rodeavam com ensinos e curas; depois, quando os podia despedir, pois não havia alimento, e ficar novamente só, preferiu abençoá-los novamente fazendo a famosa multiplicação dos pães e só depois os despediu!

De seguida ficou só e os seus discípulos partiram num barco. Enquanto os discípulos iam passando de um lado para o outro da margem do rio, Jesus permanecia só, mas observando-os! Até que, ao ver que uma tempestade sobrevinha sobre os seus amigos, deixou o seu lugar e partiu para ir ajudá-los; mas Jesus queria estar só.

Quantas vezes querermos estar sós no nosso mundo de problemas e ignoramos os problemas dos outros? Jesus fê-lo? Não! Que ricos cristãos que nós somos!

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10/04/2007

Imaginem a dor...


Sei que isto é um desenho, mas tentem só imaginar...

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Retomaremos à imagem

Como seres humanos fomos criados à "imagem (em representação) e semelhança (extremamente parecidos) de Deus"; ou seja, fomos criados com moralidade, espiritualidade, pessoalidade entre outros atributos. Não obstante a veracidade de termos sido criados à imagem de Deus, é plenamente visível que hoje o ser humano tem uma imagem distorcida. O simples facto de sermos em origem rectos, justos, "Deus fez o homem recto", e de Paulo afirmar que "não há um justo (recto)" , revela claramente que o homem não é igual à sua origem.Na verdade, nós deveríamos ser como Cristo, pois ele é a "imagem do Deus invisível". Não o somos actualmente, mas a bíblia declara que podemos ser aperfeiçoados, através da "imagem (Cristo) daquele que o (nosso novo homem) criou (Deus)" e que esse aperfeiçoamento nos levará a ser como a própria imagem que nos transforma, "Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" até que chegaremos finalmente à medida da sua imagem, "Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos".
Após a nossa ressurreição, não traremos em nós a imagem distorcida que trouxemos de Adão, mas herdaremos a imagem de Cristo, a qual está a ser progressivamente escrita em nós, "E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial".
Com isto só vos quero animar a permanecer neste processo de aprendizagem em Cristo; neste processo de reformação da imagem em nós, pois um dia iremos ter um previlégio sem igual, isto é, sermos como o próprio Cristo em seu caracter moral.

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9/25/2007

Escolhe! A benção ou o abençoador

Tenho pensado numa expressão proferida por um grande homem, Moisés!

Certa vez, Moisés disse para Deus, "se a tua presença não for connosco, não faças sair daqui". Israel estava perto de entrar na terra prometida; naquele lugar com que sonhavam, pelo qual lutavam, ansiavam!

Mas para variar, Israel pôs os pés pelas mãos e Deus disse a Moisés que não iria com o povo. Ainda assim, Deus estava disposto a enviar um anjo com eles, para que Israel entrasse na terra prometida.

Perante este quadro Moisés tinha duas escolhas. Escolhia a terra e o anjo ou escolhia Deus; escolhia o sonho da sua vida e a concretização deste ou dava preferência a Deus.

Moisés tinha nas suas mãos uma decisão a tomar; ou escolhia a promessa de Deus, a terra prometida, ou então escolhia o próprio Deus abdicando da concretização, pelo menos instantânea, do sonho.

Moisés escolheu Deus no lugar da promessa de Deus; Moisés escolheu Deus em lugar do sonho; Moisés escolheu Deus, e não somente não desejou entrar na terra sem a presença de Deus com o povo, como de seguida pediu que Deus lhe mostrasse a sua glória, revelando que aquilo que Moisés mais ambicionava não eram as promessas ou as bênçãos de Deus, mas sim o próprio Deus!

E nós?


 

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9/24/2007

O meu retorno

Desde o final do mês de Junho que fiquei sem possibilidades sem fazer nenhum artigo. Agora visto já ter Internet (ALELUIA), posso retornar a fazer o que gosto.
Desde já agradeço todas as visitas feitas ao meu blog (Biblos) e espero que retornem periodicamente.

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5/29/2007

Uma figueira sem figos

"Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque. E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar".


 

Sei que a figueira representa a nação de Israel e que toda esta parábola tem uma lição enorme para essa nação; mas o que pretendo transmitir nesta breve exposição é algo mais "devocional", algo mais particular. Imagina:

Se tivéssemos uma figueira o que faríamos por ela? Qual seria o nosso desejo para a figueira? Logicamente que desse fruto. Para que isso pudesse acontecer, investiríamos nela; cuidaríamos dela para crescesse saudável. Não faríamos isto porque somos loucos, mas porque temos esperança de que ela produza figos. Temos esperança na figueira!

No entanto no ano seguinte, na época de colheita, chegamos lá e… e nada! A figueira está vazia! Não há figos! Não ficaríamos tristes? Para quê o cuidado? Valeria a pena tentar outra vez?

Bem! Depois de pensarmos e reflectirmos chegaríamos à conclusão de voltar a dar uma oportunidade à pobre da árvore, afinal ainda temos esperança que venha a dar fruto!

Mas o resultado é o mesmo e ao fim de três anos de investimento, nada! A figueira não produziu nada! Começamos a ficar chateados. A "esperança" na figueira começa a desaparecer e pensamos em retirá-la da nossa vinha, mas um homem que nós contratámos para trabalhar na vinha pede que a deixemos por mais um ano, na condição de que se ela não produzir no ano seguinte, seja cortada.

Antes de continuares a ler, pensa no que leste até aqui. Como te sentirias se fosses o dono desta figueira?

Agora coloca Deus Pai como dono da figueira e coloca-te a ti na figueira! Lembra-te de todo o investimento que Deus tem feito em ti ao longo de todo um ano! Lembra-te da morte de Cristo para te salvar; do Espírito que te deixou para te consolar; da Sua Palavra para te guiar! Não serão estas dádivas, "investimentos" para que tu possas produzir frutos? E os dons e talentos que tens recebido? Não serão "investimentos" de Deus na tua vida com o mesmo objectivo?

E quais são os frutos que tens dado? Existem, por acaso? O que será que Deus pensa de ti como "figueira"?

Mas Deus como é bom, dá-te mais uma oportunidade, ou duas, ou três, etc… com a esperança que tu produzas algo de bom, que dês frutos correspondentes à tua nova natureza (cristã), tal como se espera que a figueira dê figos.

Mas chega a altura, por não teres dado fruto, em que Ele se "cansa" e diz que deves ser cortado mas ainda assim concede-te mais uma oportunidade. Tens mais um tempo para dar fruto, para mostrares o que és verdadeiramente; mas não tens todo o tempo do mundo para o fazer. Por acaso já viste como acaba o texto? "Se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar".

Reflecte no que pode ser esta consequência (cortar) na tua vida, caso continues a não produzir fruto nenhum, por um longo período de tempo. Se és cristão tens de mostrá-lo, tem de se ver, o fruto da tua nova natureza tem que surgir, senão algo está errado!

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5/23/2007

Morreu um amigo

Morreu um amigo! Quem conheceu o Carlos Baptista, sabia que era um homem com a capacidade de se fazer criança; era alguém que amava os que o rodeavam, vibrava com peças de teatro, musica, enfim um homem das artes!

No entanto o seu corpo traiu-o. O seu coração adoeceu; ficou fraco na carne mas no espírito era forte, cheio de amor. Nunca esquecerei que pregou na minha conversão, que me ensinou o que sei sobre teatro, não me esquecerei do 11 que me deu na disciplina de Escola Dominical; enfim nunca me esquecerei dele.

Salvo erro, ele escreveu uma música que dizia:

"Neste dia feliz

neste santo lugar

eu marquei um encontro com Deus"

Ele marcou um encontro com Deus, mas agora Deus marcou um encontro com o Baptista num santo lugar, o céu, num dia feliz, pois "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (salmos 116:15).

Até breve Baptista

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5/01/2007

Judas predestinado a trair Jesus?

Introdução ao trabalho

No trabalho que apresento, pretendo reflectir sobre a suposta "predestinação" de Judas, apresentada no evangelho de Judas. Estaria Judas realmente predestinado a entregar Jesus? O que dizem as escrituras sobre isto? Serão as profecias descrições ou determinações de Deus? As profecias retiram o livre arbítrio do ser humano?

O evangelho de Judas

"O Evangelho de Judas é um evangelho apócrifo, atribuído a autores gnósticos nos meados do século II, composto de 26 páginas de papiro escrito em copta dialectal que revela as relações de Judas com Jesus Cristo sob uma outra perspectiva: Judas não teria traído Jesus, e sim, atendido a um pedido deste ao denunciá-lo aos romanos".

Segundo o evangelho de Judas, este seria um discípulo com uma maior capacidade ou dimensão espiritual que todos os outros. Esta ideia é claramente reflectida através do texto incluindo no evangelho que diz "…o homem perfeito (…) que se erga perante o meu rosto (…) todos disseram: nós somos fortes (…) não puderam ousar erguer-se perante a sua presença salvo Judas Iscariotes"

O evangelho destaca de forma notória, a pessoa de Judas de entre todos os outros discípulos, ao ponto de colocá-lo como alguém capaz de receber uma revelação maior.

Nessa suposta revelação que Jesus lhe entrega, ficou a saber que estaria destinado a entregar o seu mestre às autoridades locais, "Tu (Judas), no entanto, serás mais do que todos eles, pois o corpo que eu levo, tu o sacrificarás".

Assim o evangelho de Judas apresenta o discípulo como um herói, que é utilizado por Deus, sem hipótese de escolha, para que Cristo redima o mundo. Segundo este evangelho a entrega de Jesus por Judas, não é um acto de traição mas sim um acto de obediência.

As profecias, determinações ou descrições?

Estava claramente profetizado nas escrituras do A.T. que Jesus seria entregue, traído por um amigo íntimo,
"Pois não era um inimigo que me afrontava; então eu o teria suportado; nem era o que me odiava que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido. Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Consultávamos juntos suavemente, e andávamos em companhia na casa de Deus". Noutro texto o salmista acrescenta pormenores sobre a traição, "Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar".

Estava também profetizado o valor pelo qual Jesus seria entregue, "E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata".

Existem profecias bíblicas que revelam acontecimentos futuros e que descrevem os intervenientes; como o caso da profecia Isaías sobre Ciro cerca de cem anos antes deste nascer, "Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão".

No entanto, em nenhumas das profecias sobre a traição é apresentado um nome. Deus através das profecias sobre a traição estava "descrevendo o que iria acontecer e não pretendendo determinar o que deveria acontecer". Deus não determinou um homem em especial, não determinou a traição, antes descreveu o homem e a traição, e a profecia tornou-se um facto real, através de Judas.

Este não é um caso isolado. Por exemplo, o cativeiro do reino de Israel sob o jugo da Assíria. Deus descreveu o que iria acontecer caso o povo não se arrependesse, Deus descreveu os acontecimentos mas não estava pré-determinado a existência de um cativeiro, pois se assim fosse não existiria forma desse cativeiro não acontecer, e o texto sagrado mostra que caso o povo se arrepende-se o cativeiro não aconteceria.

Quando observamos o diálogo de Jesus com Pedro em que Jesus diz que Pedro o negará, temos de o observar como uma descrição do que Pedro iria fazer e não como uma determinação. Se o fizermos estamos a declarar que o próprio Deus determinou que Pedro falhasse e negasse a sua fé.

Se abordarmos as profecias em questão como determinações e não como descrições, estamos a afirmar que Deus determinou alguém a pecar traindo o seu filho Jesus.

As profecias retiram o livre arbítrio dos intervenientes?

A questão sobre a predestinação de Judas é uma falsa questão no contexto bíblico. Ainda que Deus o tivesse "escolhido" para cumprir tal missão, de forma alguma a escolha de Judas seria colocada de parte.

Podemos observar isso através de outros homens, a quem Deus atribuiu missões antes de estes nascerem.

Olhamos para Sansão de quem Deus disse, "Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus", e observamos que Sansão não cumpriu na íntegra o que Deus determinou a seu respeito; apesar de no fim da sua vida, após se arrepender, ter tirado a vida a milhares de filisteus.

Olhamos para João Baptista, a quem Deus elegeu ainda antes da sua concepção, "Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem-disposto", e observamos que apesar de eleito, o cumprimento da sua função não era um dado adquirido, pois diz noutro texto o seguinte, "Este veio para testemunho, para que testificasse da luz". A palavra "testificasse", no grego "marturh,sh", encontra-se no "subjuntivo aoristo activo 3ª pessoal do singular". O facto de se encontrar no subjuntivo revela que não era certo, apesar de provável, que João testemunhasse, ainda que tivesse sido eleito para isso. Porquê? Porque o homem, o ser humano, tem hipótese de escolher.

Tal facto mostra que apesar de Deus eleger homens para propósitos definidos, não os obriga a os cumprirem. Por isso, "caso Judas tivesse sido eleito" para trair Jesus, ele teria tido a possibilidade de não executar esse plano.

Se predestinado, porquê condenado?

O evangelho de Judas apresenta Jesus quase que a permeabilizar Judas pelo que ele iria fazer no futuro.

No final de contas o que o evangelho de Judas pretende é desculpabilizar o traidor, alegando que o seu acto foi um mal necessário para que o bem sobressaia ou saía vencedor. Essa ideia assenta no conceito dualista do gnosticismo "que absolutiza o bem e o mal". "No entanto, se no gnosticismo o mal é tão absoluto quanto o bem, no cristianismo o mal é um parasita do bem, sujeito a Deus – cuja soberania age no sentido de fazer com que os feitos maus dos homens acabem cooperando para Seus desígnios. A distinção é clara: Deus faz o mal cooperar, mas os homens não são por isso inocentados de seus actos maus".

As palavras de Jesus são notórias, "Pois o Filho do homem vai, conforme está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido".

Ora se na verdade Judas estava predestinado a ser o traidor, não haveria sentido nenhum nestas palavras de Jesus. Qual o sentido de Deus culpar alguém por vir a fazer o que Ele determinou que ele fizesse? Deus seria no mínimo injusto em condenar alguém por fazer a Sua vontade.

Conclusão


É verdade que alguém tinha de entregar Jesus, pois foi dito nas profecias que assim seria, mas não tinha obrigatoriamente que ser Judas.

Na realidade "Deus usa o livre arbítrio do homem em seus propósitos, sem destruí-lo". A escolha, como sempre acontece, pertence ao homem.

Como diz Champlin, "de alguma forma a vontade divina coincidiu com seu (Judas) livre arbítrio, tendo usado o mesmo para realizar o propósito de Deus". Se Judas fosse forçado a fazer tal decisão ele não seria moralmente responsável e ele próprio assumiu a sua responsabilidade na traição quando disse, "Pequei, traindo sangue inocente".

Não houve nenhum acordo como o evangelho de Judas pretende demonstrar, pois se o acordo era Judas entregar Jesus, então porque é que Judas, após ter entregue Jesus, usou a expressão "traindo"?

Melhor, porque diria Jesus "Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?", se Judas estava a fazer aquilo que Ele lhe havia dito para fazer?

Ora qual seria o seu pecado se estava em obediência à vontade divina para a sua vida?

Concordo com quando Champlin diz, "Judas poderia ter vencido, mas recusou-se a lutar contra as suas veias maléficas".

Judas não estava predestinado, ele foi descrito no A.T., mas Deus não o escolheu especificamente para o fim que o evangelho de Judas apresenta.


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4/24/2007

Suicídio progressivo colectivo

Dou por mim a pensar em questões referentes à vida.

Penso na sociedade onde vivemos e na forma como se degrada e pergunto-me, "quando é que esta gente irá entender que não conseguem mudar o rumo da humanidade?"; pergunto-me, "quando é que esta gente irá deixar de acreditar nos políticos e dar uma oportunidade a Deus?".

Penso na família e na forma como hoje é abordada. Diz-se por aí, "casamento? É só um papel! Não vale a pena!"; diz-se por aí, "filhos? Só dores de cabeça?".

Será que algum de vocês tem justificação para o que se passa?

Será que não entendem que estamos a destruir-nos a nós próprios? O homem está a matar-se aos poucos e poucos.

A este estado chamo de suicídio progressivo colectivo.

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3/21/2007

A paga do seu trabalho

Tenho pensado um pouco sobre o texto em que Paulo diz que procedeu "para com os judeus como Judeu, e para os que estavam sem lei, como se ele próprio estivesse sem lei"; pergunto-me o quão difícil é isto na realidade.

Às vezes olhamos para este texto e parece-nos bonito, mas a verdade prática é tão difícil. Paulo por se ter tentado chegar a Judeus e Gentios, para os levar à salvação, foi deixado quase como morto (aliás não lhe bateram mais porque pensavam que ele estava morto), foi perseguido pelos judeus (o perseguidor era perseguido) e os gentios (principalmente em Éfeso) não gostavam muito da sua companhia.

Para além do que ele sofreu na pele, ainda nos esquecemos do que ele sofreu para se integrar nas sociedades gentílicas, pois eram completamente diferentes da sociedade judaica e Paulo era Judeu; ainda para mais, Paulo não ganhou todos aqueles a quem falou, "mas fiz-me tudo para com todos (inclusive os que os maltrataram) a fim de ganhar alguns.

Mas quando este texto acaba ele acrescenta, "fiz tudo por causa do evangelho", e isto é um pouco estranho. Hoje em dia fala-se em pessoas (o que em parte concordo), mas a razão que levava Paulo a evangelizar, a agir como Judeu para os Judeus, como gentio para os gentios, como fraco para com os fracos, não eram as pessoas, mas o próprio evangelho. Ele disse, "fiz tudo por causa do evangelho" e não "fiz tudo por causa" das pessoas. Na realidade se assim fosse ele tinha desistido, mas como o evangelho de Cristo está acima da possível aceitação do mesmo, Paulo continuou.

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3/13/2007

Uma carta a um possível ateu

Cara Carolina; redigi uma primeira carta ao teu primo Jorge, na qual tentei, por A+B, provar que Deus pode ser real, apesar de não ser notório aos nossos sentidos. Após encontro com ele, tomei conhecimento que não acreditas na existência de Deus e que vives a tua vida dessa forma. Ora bem, como disse ao teu primo, não quero de forma alguma parecer arrogante para contigo, mas gostava de te mostrar o perigo daquilo que afirmas. O perigo do pensamento que diz "Deus não existe" é enorme e pode levar à consequência de gigantescas desgraças para a humanidade. Pondera comigo em algumas perspectivas.

O ateísmo, defende que todos somos produtos de uma evolução, e que através de uma selecção natural, a raça superior permanece e as raças inferiores são exterminadas.

Ideias como essas, levaram homens como Hitler a fazer uma selecção. Hitler sonhou com a raça ariana, uma raça humana superior. Tudo bem, segundo a vossa forma de ver o mundo é legítimo o pensamento de Hitler. Mas a questão é o que ele fez para tentar criar essa raça. Os Judeus, raça inferior para Hitler, tinham de ser exterminados pois era o curso natural da natureza. Seis milhões de Judeus morreram nas mãos de um homem, porque segundo essa forma de ver o mundo e a nossa existência, Deus não existe.

Mas pergunto-te, achas correcto o que ele fez? Se sim, para de ler esta carta, porque decerto que não és humana; se não, com que base afirmas a tua opinião.

Num mundo onde Deus não existe, não existem valores absolutos. Como vocês dizem, "não existe verdade absoluta".

Já paraste para pensar que esse chavão que vocês utilizam está virado contra vocês. Vocês declaram que é absolutamente verdade que não existe verdade absoluta. É no mínimo contraditório.

Mas voltando ao que te dizia, se Deus não existe, então ninguém define o que é correcto e incorrecto! Quem é a pessoa emocionalmente, psicologicamente, espiritualmente e intelectualmente perfeita, capaz de avaliar o valor das acções humanas, para que depois possa dizer lícito ou ilícito?

Quem pode acusar o Hitler, o Saddam Hussein, o Milosevic, de crimes contra a humanidade? Afinal de contas, foi a ideias deles contra a ideia dos outros, e como não existem absolutos, cada um tem a sua ideia do certo e errado, e assim podem ser justificados os actos deles.

Achas aceitável esta forma de viver? Quem vive assim, fá-lo por um descargo de consciência, para não ter nada de seja acusado, pois não existem leis.

Voltando ao assunto acima descrito pensemos. Ninguém concorda com os actos de Hitler e de outros semelhantes a ele, mas porquê? Porque será que existe em nós esta valorização da vida? Segundo o ateísmo, a vida é um "acidente", um acaso por onde a evolução passa. Se é um acidente, ou um estágio da evolução da matéria inicial, porquê defende-la? Afinal a evolução está a seguir o seu curso!

Mas a verdade é que ninguém pensa assim, todos valorizamos o direito à nossa existência, todos valorizamos a vida. Mas porquê?

Quem escreveu em nós esta máxima acerca da vida? O ateísmo não pode responder, porque não tem ninguém superior à "evolução" que defina as regras segundo as quais a "evolução" se desenvolve. O teísmo, ao ter Deus na origem de tudo, responde de forma total a essa pergunta.

O teísmo coloca Deus, um ser totalmente perfeito, vivo, pessoal, auto-sustentável e auto-existente, na origem da criação. Dizem as escrituras, nas quais não crês para tua própria condenação, que "no princípio criou Deus os céus e terra" (Gn 1:1).

É para mim mais racional crer, que alguém perfeito, um planeador inteligente, criasse todo este universo complexo, cheio de leis e de mistérios, do que imaginar uma célula simples, sem vida, inteligência ou alguma similaridade de pessoalidade, criasse algo tão intrincado.

Segundo o teísmo, Deus colocou em nós uma lei moral, coincidente com a sua natureza perfeita e santa. Paulo, escritor sacro ungido pelo Espírito Santo, diz na sua epístola aos romanos, capítulo 2, versos 14 e 15 o seguinte, "actualmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os". Essa lei, a que muitos chamam de consciência, é o que define a licitude dos nossos actos.

Queres saber porque não aceitas que ninguém te mate? Porque a lei diz "Não matarás" (Êxodo 20:13). Por isso consideras errada a atitude do Hitler.

Qual a razão para o roubo ser errado? Diz a escritura, "Não furtarás" (Êxodo 20:15). Questionas-te do porquê do peso da tua consciência quando adulteras? Porque diz Moisés na Lei de Deus, "Não adulterarás" (Êxodo 20:14)

Porque será que não gostas que componham falso algo sobre a tua pessoa? Porque a Bíblia diz "Näo dirás falso testemunho contra o teu próximo" (Êxodo 20:16).

Porque não aceitas que olhem para o teu conjugue, para os teus bens, com outros intentos? Porque a Ordem de Deus é "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." (Êxodo 20:17)

Porque julgas como errado a desobediência dos filhos aos pais? Porque a escritura diz "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êxodo 20:12).

Porque te julgas merecedora de um dia, no mínimo, de descanso? Porque a escritura diz "Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra" (Êxodo 20:9-10). Pena é que use esse dia de forma errada.

Porque será que a humanidade tende a imaginar que existe um ser divino, superior à criação? Porque está escrito na mesma lei "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3). Ficou escrito no nosso coração que Deus existe, logo no início.

Toda esta Lei, segundo Paulo, está escrita nos nossos corações e isso responde à pergunta que te fiz acerca do valor que damos à nossa vida; da razão de não aceitarmos furtos, homicídios, adultérios etc…

Ninguém aceita porque Deus é real e escreveu estas leis em nossos corações. São valores absolutos, aqui ou na china todos defendemos o mesmo.

Peço-te que ao leres esta carta, ponhas em consideração a existência de Deus, e que nasça em ti o desejo de aprenderes mais sobre ele. Caso aconteça, aconselho-te a leres as sagradas escrituras de forma que possas ver a realidade da pessoa de Deus.

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3/06/2007

Não sei o que diga acerca do estado do meu país! Como sabem, aqui em Portugal, foi aprovada, através de referendo, a liberalização do aborto. Sinceramente já o esperava. Nunca imaginei que neste segundo referendo o não ao aborto conseguisse vencer. Não por uma falta de fé, mas porque o que está escrito na Bíblia tem de se cumprir, e Paulo lembra-nos que nos últimos dias muitos ficariam sem "afeição natural" (amor materno).

A minha questão não se coloca com o referendo em si, mas com o que aí vem. Sem dúvida que no futuro, a lei da Eutanásia será estabelecida, a legalização de casamento entre homossexuais ocorrerá, e muitas outras coisas contrárias à Bíblia serão aprovadas.

Quando essas leis forem aprovadas, nós Igreja teremos de pregar contra a lei instituída. Ao faze-lo iremos estar a pregar contra a mesma, e não sei até que ponto, estaremos a correr o risco de sermos presos por defender o evangelho de Cristo.

O que eu desejo motivar a cada um de vós, é que no futuro, quando isto começar a acontecer, sejais capazes de defender o evangelho mesmo que isso vos custe a vida.

Sei bem que este não será o meu post mais bem aceite, mas não sei até que ponto é o mais correcto.

Deus vos abençoe.

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2/26/2007

Uma possível carta a um agnóstico chamado Jorge

Caro Jorge, tenho há muito a intenção de estar contigo, de forma que possa partilhar contigo aquilo em que acredito e o que me leva a crer nisso mesmo.

Bem sei que não partilhas da mesma opinião que eu, pois dizes não existir evidências suficientes para provarem a existência de Deus, e por essa mesma razão vês-te impossibilitado de nele creres. Não quero de forma alguma agredir a tua convicção, somente te quero levar a ponderar sobre o que te apresento nesta carta.

Assim, sem mais demora, apresentar-te-ei, em seguida, os meus argumentos com o objectivo de te levar a reflectir novamente neste tema.

Sinceramente, entendo-te quando dizes não existir evidências sensoriais que provem a existência de Deus. Ao fim ao cabo não deixa de ser verdade, pois não conseguimos ver Deus como se vê um ser humano; tocar em Deus como tocamos no nosso próximo; ouvir Deus da mesma forma que ouvimos as vozes dos que nos rodeiam nas conversas de café; sentir o seu odor pois Ele não tem um corpo que imita cheiro; ou mesmo saboreá-lo apesar do texto bíblico dizer "provai e vede que Deus é bom", mas entenda-se que este texto é uma ilustração.

Mas se esse argumento é válido, então muitas das coisas que todos nós consideramos reais, estão em risco de simplesmente não existirem, não serem reais.

Acompanha-me no meu raciocínio.

Tenho-te como um homem de família, alguém que ama a sua mulher e filhos. Mas já pensas-te nisto que te vou dizer?

Será que alguma vez viste fisicamente o amor que sentes pela tua mulher? Ou tocaste no amor que dizes sentir por ela? Será que alguma vez tiveste uma conversa com esse amor? Sentiste o cheiro do amor que tens por ela? E o sabor? Saboreias-te o amor?

É claro que não! O amor não tem corpo; não se pode ver, tocar, cheirar, comer ou ouvir! No entanto, não colocas em questão a existência desse amor. Porquê? Porque experimentas, sentes e vives o amor. O amor faz-te sentir emoções que nunca viveste, fazer loucuras que nunca farias. O amor, apesar de não ter um corpo que prove a sua existência, é tão real que muda a tua vida.

Na verdade, nem a tua esposa vê, toca, cheira, saboreia ou ouve o amor que sentes por ela. Na realidade o que ela vê, na vossa relação, são os efeitos, as consequências do teu amor por ela, e por isso, apesar de não ter evidências sensoriais, notórias aos cinco sentidos, ela sabe que o teu amor por ela é real.

Ora se me entendes e concordas comigo, acreditas que o amor pela tua esposa é real porque o experimentas. No entanto, o que experimentas é algo sem substância, algo que na verdade, perante os nossos sentidos, não pode ser provado como real.

Acreditas no amor porque viste, experimentas-te, os seus efeitos na tua e na vida da tua mulher.

Acreditas no amor que não vês, mas não crês que Deus exista porque não o vês, e nesse caso existe alguma incongruência da tua parte.

Na verdade talvez não haja, pois o problema é que nunca experimentaste Deus. Mas agora, depois de te expor este exemplo, gostava que pudesses abrir a possibilidade que da mesma forma que o amor é real, sem que no entanto seja notório aos teus sentidos, também Deus possa ser real mesmo que não o vejas.

Acrescenta na minha linha de pensamento mais este pormenor. O amor já existia antes de tu amares a tua mulher? Sim, claro que sim! Isso realça que mesmo quando não o sentias ele era real.

Colocando isto na questão acerca da existência de Deus podemos observar o seguinte; Deus pode existir apesar não ser notável aos nossos sentidos naturais, tal como o amor existe apesar de não se ver; Deus pode existir mesmo que nunca o venhas a experimentar, tal como o amor já existia antes de amares.

O que provou para ti a veracidade do amor? Foi a experiência, foi senti-lo, foi veres os efeitos dele em ti. Da mesma forma, Deus só será "real" para ti se o experimentares pessoalmente.

Repara, será que pudemos dizer que nunca vimos um efeito, algo que prove que Deus exista? De que outra forma poderemos entender a nossa existência? Como tudo surgiu? Se Deus não nos criou, então não somos criaturas porque não fomos criados. Será lógico acreditar que uma massa informe, sem inteligência, sem complexidade, sem vida, criasse forma, inteligência, complexidade e vida? Creio que não!

Assusta-me pensar que se acredita que somos produto dessa massa. Pensar que não fomos criados, que não existe uma razão real para existirmos, e sim que somos produto de um acontecimento sem causa (se é que isso é possível), de algo sem objectivos, tira-me toda a beleza e a vontade de viver. Para bem da raça humana, é bom que Deus exista, pois só Ele pode dar razão, sentido à nossa existência.

Penso que quando olhas e vês a natureza, a criação, podes conhecer algo sobre Deus (não que a natureza seja Deus, mas porque Ele é o criador dela), o seu poder criador.

Mas se o problema é conhecer Deus, experimentá-lo, então ouve uma pessoa na história que se afirmou Deus. Se o que Ele disse é verdade, então não realidade, Deus já foi visto e experimentado. Os cinco sentidos das pessoas que com Ele conviveram, experimentaram Deus pessoalmente. Falo, e bem sei que o sabes, de Cristo.

Não sei se sabes, mas a própria Bíblia afirma o que tu dizes, "Ninguém jamais viu a Deus".

É verdade. Deus nunca foi visto, tal e qual como é, por nenhum humano. Mas o texto que afirma o que tu dizes, conclui dizendo "O Deus unigénito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer", fazendo referência a Jesus.

A questão que o texto levanta é que Cristo mostrou Deus sendo Ele próprio Deus. Repara "ninguém viu a Deus… o Deus unigénito… esse o deu a conhecer". Ninguém conheceu Deus, mas Deus deu-se a conhecer na pessoa de Jesus. Assim o convite que a bíblia te faz, se queres conhecer Deus, é olhares para vida de Jesus, pois Ele, o "Deus unigénito", revelou o Deus que "ninguém viu".

É-me impossível relatar-te tudo o que Jesus fez, mas o que Ele fez, segundo o texto que te indiquei acima, revela o que Deus é. A melhor forma de veres o que Jesus foi, é lendo os quatro evangelhos que encontram na Bíblia Sagrada, mas quero deixar-te desde já algumas indicações sobre o que Ele "foi".

Se Jesus é Deus, se Jesus revela o que Deus é, então Deus é alguém que dá segundas oportunidades a todas as pessoas de mudarem de vida (quando puderes lê João 8).

Se Jesus é Deus, então Deus odeia hipocrisia porque Jesus constantemente alertava contra a hipocrisia (são muitas as passagens em que Ele acusa os religiosos de hipócritas).

Se Jesus é Deus então Deus deseja que as pessoas o conheçam (Lê João 4 e repara que Jesus diz "se conhecesses" e de seguida dá-se a conhecer).

Se Jesus é Deus então Deus trata a todos de forma igual (Será necessário tomares algum conhecimento da cultura da época para reparares nessa verdade).

Se Jesus é Deus então Deus morreu por todos para redenção de muitos.

Se Jesus é Deus então Deus não está morto como alguém disse na nossa sociedade.

Se Jesus é Deus então o céu e o inferno existem.

Se Jesus é Deus então nem todos entrarão nos céus.

Se Jesus é Deus então nem todos irão para o inferno.

Se Jesus é Deus então Deus ama a todos, mas não é amado por todos.

Se Jesus é Deus então podes conhecer Deus.

É impossível relatar. Muitas são as histórias onde Jesus intervém e cada uma delas mostra uma vertente diferente. Umas mostram amor, outras justiça, ira, compaixão, misericórdia etc…

Se a tua mente ficou aberta a pensares que podes conhecer Deus, apesar de não o veres, como conheces o amor que não vês; então peço-te que leias com atenção, sinceridade e abertura de coração os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João e que observes minuciosamente a vida de Cristo. Isto porque se é verdade que Jesus, o Deus unigénito, deu a conhecer Deus, então olhando para Ele podes conhecer aquilo que não conheces, e assim passares a crer naquilo que, segundo o meu ponto de vista, é fundamental crer.


 


 

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1/31/2007

Terá Jesus ressuscitado?

Sem dúvida que a morte e a ressurreição de Cristo são os marcos que fundamentam o Cristianismo. No livro dos Actos dos Apóstolos deparamo-nos repetidas vezes com a frase como "ressurgiu de entre os mortos", entre outras. Se a morte de Cristo é algo que está registado, inclusive nos documentos dos tribunais romanos; já a ressurreição é algo que levantas sérias dúvidas ás mentes mais cépticas.
Para muitos, Cristo não ressuscitou de entre os mortos. Para outros fê-lo mas com um corpo espiritual e não humano. Se alguma destas teorias estivesse certa, então todo o edifício do cristianismo acaba por ruir.
Assim sendo proponho-me a apresentar argumentos, baseados na bíblia (o livro de maior confiabilidade de todos os que já foram escritos) como livro histórico, que possam refutar tais afirmações.

O dia da sua ressurreição... Relata o texto bíblico que na madrugada de domingo, Maria Madalena chega ao sepulcro e encontra a pedra, que tapava a entrada do tumulo, revolvida (Jo 20:1-1). Esta pedra havia sido colocada com o exacto motivo de precaver que algo estranho acontecesse (Mt. 27:62-66).
É importante salientar que a pedra não foi deixada ao abandono, mas que a guarda romana se colocou em vigia.
A pedra, a guarda romana e o selo colocado na pedra, são o primeiro argumento para que se possa provar que Cristo ressuscitou.
Acção contínua e Maria chama Pedro e João, com receio que houvessem levado o corpo. João chega mais rápido e vê os lençóis de linho, sem entrar no sepulcro. Pedro entra e depara-se com o mesmo cenário, com a adição de encontrar o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, num lugar à parte; seguidamente João entrou, viu e creu (João 20:8).
O segundo argumento é o que João viu, que o levou a crer que Jesus ressuscitara.

Após este acontecimento... Os discípulos encontravam-se com medo dos Judeus(Jo. 20:19). Algum tempo depois encontramos Pedro, um dos que estava com medo dos Judeus, a acusar literalmente os Judeus, da culpa da morte de Jesus (At 2:23). O que se terá passado na mente de Pedro? Será que Pedro e os outros discípulos, judeus fanáticos, estariam dispostos a morrer por uma mentira?
O que levou um homem impulsivo como Pedro, a recear os Judeus e a manter-se em casa? Só algo que o tenha desiludido profundamente. Mas o que levantaria alguém profundamente desiludido, ao ponto de ser capaz de dar a cara perante os Judeus, Romanos etc.? Só algo que tenha reavivado a sua esperança. Este pode ser um terceiro argumento.

A pedra, a guarda e o selo

A pedra usada para tapar qualquer túmulo naqueles tempos, era chamada de Golel. Era um grande e pesado disco de pedra usada para proteger os túmulos tanto de homens como contra animais. O excesso de peso, cerca de duas toneladas obrigava a serem "necessários alguns homens (cerca de 20) para removê-la". Perante o quadro de suspeição que existia em torno de Jesus será provável "que a pedra fosse maior que o normal" (MC 16:4).
Esta pedra, Golel, provalelmente era seguida de uma outra pedra a que se chamava de "dopheg", de menores dimensões. Na zona onde ambas se encostavam era colocado o selo do império, para que se houvesse um mínimo movimento entre elas, fosse detectado. Esse selo simbolizava o "poder e autoridade de Roma".
Quem quebrasse o selo incorria na ira da lei romana", o que levanta sérias dúvidas se homens, duvidosos e temerosos como os discípulos, seriam capazes de colocar em risco as suas vidas, para ficarem com um corpo morto. Cesar decretou o seguinte, "Decreto de César: É meu prazer que tumbas e sepulturas permaneçam perpetuamente imperturbadas por aqueles que as construíram para o culto aos seus ancestrais, oas filhos ou aos membros de sua casa. Se, porém, qualquer um fizer acusação de que outro as destruiu ou que, de alguma maneira, tenha extraído o sepultado, ou o tenha maliciosamente transferido para outro lugar com o objectivo de fazer-lhe mal, ou que tenha substituido o selo por outro, contra este ordeno que seja constituido um tribunal, tanto com relação aos deuses, como em relação ao culto dos mortais. Pois é muito mais obrigatório honrar os sepultados. Que seja absolutamente proibido a qualquer um perturbá-los. Em caso de violação, desejo que o ofensor seja sentenciado à pena capital ou considerado culpado de violação de sepulcro".
É importante salientar que a pedra foi realmente selada e que os guardas que ficaram a vigiar o túmulo o sabiam (Mt 27:66). Este selo, uma corda esticada ao longo da pedra e selada em cada uma das pontas com ajuda de argila de selagem, era guardado por um centurião, possivelmente Petrônio de acordo com a tradição.
Um guarda deste calibre estava disposto a cumprir o seu dever de guardar o túmulo de modo tão rigoroso e fiel como haviam executado a crucificação. Estes soldados não tinham nenhum outro interesse senão o de cumprir "estritamente o seu papel de soldados do império romano". Algum guarda que abandonasse o posto era morto; presume-se que a escolta era composta por quatro a dezasseis homens. Durante as vigias nocturnas o guarda de maior posição fazia... rondas e ao aproximar-se, os guardas deveriam ficar em posição de sentido e saudá-lo.
Perante esta discrição será que podemos acreditar que foram as mulheres, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16:1), que desviaram uma pedra que só vinte homens o poderiam fazer? Essa era a grande preocupação delas, quando de madrugada se dirigiam para o túmulo (Mc 16:3)!
Quando lá chegaram, ao despontar do sol (Mc 16:2), a pedra já havia sido removida. O que remete o acontecimento cronologicamente para trás, para o mais profundo da madrugada, onde os guardas, especializados em vigílias nocturnas, fiscalizavam o tumulo com atenção redobrada. Estranhamente a defesa que os guardas vão mais tarde usar (haviam adormecido), é evidentemente contra tudo aquilo que eles primavam por fazer no exercício das suas funções (Mt 28:11); mais estranho se torna os anciãos estarem dispostos a defenderem a pele de soldados inúteis, perante o governador (Mt 28:14).
Mas se é difícil de acreditar na desculpa que os anciãos formularam; mais complicada se torna, perante a dificuldade de permanecer descansadamente a dormir ao ar livre, antes, durante e após um grande terramoto (Mt 28:2); pior se torna se pensarmos na seguinte perspectiva, como é que os guardas poderiam declarar que foram os discípulos que furtaram o corpo de Jesus quando estavam a dormir?
Mas a invenção dos anciãos colocou a culpa do suposto roubo nos discípulos (Mt 28:13). Mas se isso fosse verdade, qual seria a necessidade de Pedro e João se dirigirem ao túmulo após solicitação das mulheres? Não haviam eles roubado o corpo? Outra questão se coloca, se César havia decretado pena capital para quem roubassem um corpo, porque não prenderam imediatamente os discípulos e os mataram?
As justificações utilizadas não se coadunam com o relato bíblico; não foram as mulheres que fizeram rolar a pedra, já estava quando lá chegaram. Nem tão pouco os discípulos porque só lá foram após serem chamados pelas mulheres. Na verdade foi um anjo que rolou a pedra (Mt 28:2).

Os lençóis

O que João viu e o levou a crer está definitivamente ligado aos lençois de linho, que envolviam o corpo de Jesus. Esses lençois eram colocados em torno de todo o corpo. Começando pelos pés, o corpo era enrolado com as faixas de linho. Entre as dobras eram colocadas as ervas misturadas com mirra. As faixas seguiam até às axilas. Os braços eram colocados para baixo, e depois era enfaixado o pescoço. Uma peça separada era enrolada ao redor da cabeça.O tipo de material dos lençois aderia de tal forma aos corpos que as mortalhas não poderiam ser removidas com facilidade. O peso de todos os lençois chegavam a atingir entre os 52 e 54 quilos. O que prova a ressurreição de Cristo neste episódio é o facto de os panos de linho não estarem espalhados pelo túmulo, mas onde o corpo havia estado. Jesus havia sido enrolado (Jo 19:38-42). A única forma de alguém levar o corpo seria rasgando as vestes ou levando o corpo juntamente com os lençois, mas o que a narrativa sugere é que os panos não foram tocados e o corpo não estava presente. Foi como a crisálida abandonada, da qual surgiu a borboleta. Deve se acrescentar ainda que para além da ausência do corpo, o lençol que estava sobre a cabeça de Jesus foi deixado num lugar à parte(Jo 20:7). O termo "deixado" ou "enrolado", consoante a tradução, não indica que o lençol foi enrolado e lançado para um canto qualquer, mas que o lençol foi enrolado em espiral. Não se deve cair no erro de usar um único sentido na palavra "deixado". A conjugação do campo semantico da palavra indica que o lençol foi deixado com o formato arredondado da face de Jesus. Mais uma vez a borboleta saiu da crisálida. Ninguém roubou o corpo. Jesus ressuscitou, atravessou as vestes que o aprisionavam e o lençol "deixado", foi na realidade deixado por Ele, para que João e outros vissem e cressem que Ele ressuscitou.

A alteração comportamental dos discípulos

Apesar de todos os discípulos terem alterado o seu comportamento após as manifestações de Jesus, pretendo usar mais a figura de Pedro, devido ao seu temperamento, para evidenciar a mudança de comportamento nos discípulos.Quando olhamos para Pedro deparamo-nos com um homem corajoso. Encontramos um homem disposto a dar a vida por Jesus (MT 26:35), e não podemos seque julgar a sua declaração. Creio que Pedro disse o que disse com toda a sinceridade, coragem e com disposição de o fazer. Não obstante este mesmo homem corajoso, ao ver Jesus a ser preso não é capaz de manter a sua posição diante de uma mulher (LC 22:56), o que é profundamente estranho na cultura judaica. Lógicamente ao não conseguir fazé-lo perante uma mulher, fez o mesmo com dois homens (LC 22:58-60). Três vezes negou a Jesus e o galo cantou. O seu olhar cruzou-se com o de Jesus (LC 22:61) e lembrou-se das palavras que Jesus lhe havia dito. Pedro saíu e chorou. Pedro deixou Jesus na multidão. Ele não foi capaz de cumprir o que havia dito. A desilusão era grande demais. Afinal Jesus não era o messias. Durante a crucificação Pedro não se chega perto da cruz (LC 23:49); não foi capaz de se identificar como seguidor de Jesus na hora em que este morria. Após a crucificação Pedro e os discípulos esconderam-se com medo (Jo 20:19). A desilusão havia os marcado profundamente. Dias depois os discípulos, os mesmos que temiam os judeus, já não se encontravam em casa, mas reunidos num cenáculo (Act 1:11). Mudança de comportamento. Antes de se reunirem é relatada uma viagem dos discípulos do monte Olival até Jerusalém (Act 1:12). Outra mudança comportamental. Os discípulos que se escondiam, agora passeavam do monte das oliveiras até Jerusalém. É dia de Pentecostes e algo de estranho acontece. Pessoas de várias nações ouvem judeus falar nas suas próprias linguas (Acto 2:11). Uns perguntavam "o que é isto" (Act 2:12) e outros diziam "Estão embriagados" (Act 2:13). Algo estranho se passa de seguida. Pedro, o homem que não foi capaz de manter a sua posição enquanto Jesus vivia, levantou-se ergueu a voz e advertiu o povo (Act 2:14), culpando-o da morte de Jesus (Act 2:23), frisando no entanto que Este havia ressuscitado (Act 2:24). Algo teve de acontecer em Pedro para o mudar de tal forma. Se foi a morte de Cristo que tornou um homem corajoso, num homem covarde incapaz de se afirmar, só outro evento de tão grande dimensão poderia fazer um homem covarde ter a ousadia de dizer "vós o crucificas-te... porém, Deus ressuscitou". A grande força motivadora de Pedro está reflectida numa declaração sua e de João, "não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos" (Act 4:20). Eles haviam visto Jesus após a ressureição (JO 20:19-21). Esse encontro mudou o "medo" (Jo 20:19) em alegria (Jo 20:20). Não o viram uma só vez. Mais tarde Ele apareceu a Tomé (Jo 20:26-27), e esta manifestação, juntamente com a descrita em Lc. 24:13-35, mostram que o corpo de Jesus não era espiritual mas fisico, porque Tomé tocou-lhe. Tocar implica matéria, corpo, e um espírito não tem corpo .
Podemos argumentar dizendo que muitos dão a sua vida por mentiras, e na realidade isso é verdade. No entanto está fora de questão no cenário que estamos a analisar, porque quando Pedro prega a ressurreição de Cristo, fá-lo com convicção e partindo do princípio que é um facto reconhecido entre todos, pois não apresenta nenhum tipo de argumentação a favor da ressurreição. Se na verdade o que Pedro havia pregado fosse mentira, ou não aceite entre o povo, haveria contestação da parte dos judeus presentes. Mas da parte destes não houve contestação, mas sim conversão. Também Paulo na presença de Festo, ao ser interrompido por este após se defender, proferiu a seguinte declaração, "Não estou louco, ó excelentissímo Festo! Pelo contrário digo palavras de verdade e de bom senso. Porque tudo isto é do conhecimento do rei..." (Act 26:25-26). Paulo mais uma vez, tal como Pedro, não procurou provar a ressurreição de Jesus, ele declarou-a como verdadeira (Act 26:23) e mais uma vez não surge nenhum tipo de argumentação contra da parte contrária.

Conclusão... A morte e ressurreição de Cristo são a base onde todas as doutrinas do cristianismo se fundamentam, sendo que a sua morte foi provada através de vários escritos contemporaneos.
Quanto à ressurreição, é na realidade sempre necessário uma dose de fé para se acreditar nela, mas existem realmente evidências que nos podem indicar a veracidade da mesma. Na verdade a questão não deve ser se Jesus ressuscitou ou não, mas sim o que aconteceu com a pedra, com o corpo, com os lençois, com Pedro e os discípulos? Para se negar a ressurreição tem de se justificar de forma concreta estes acontecimentos. Enquanto ninguém apresenta justificações, a bíblia fá-lo. É a única fonte com respostas. Tudo o resto são especulações sobre o que a Bíblia diz.Por fim prenuncio-me dizendo que me parece injusto declarar que algo está errado sem provar o que é verdadeiro.

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1/10/2007

Um ultimo Grito

Não sei quanto a vocês. Mas quanto a mim estou farto. Farto de cultos, farto de pregações vazias do poder de Deus, farto de falta de milagres na meio onde vivo. Onde estão as pessoas sobre quem impus as mãos e foram curadas, libertas de demónios etc... Vocês não se cansam da treta de cristianismo que vivemos?

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1/02/2007

Natal

O natal! Para nós é uma época festiva, onde nos reunimos em família. compartilhamos uns com os outros momentos de festa e alegria. No entanto nós como Cristãos, esquecemo-nos variadas vezes, que para a familia de Jesus e para ele próprio, não foi um momento assim tão festivo.
Maria viu o seu marido a deixa-la. Uma tragédia familiar ia acontecendo para que Deus viesse ao mundo! Uma mulher, Maria, poderia ser morta porque Deus queria interferir no mundo. Felizmente José aceitou o que ouviu no sonho, livrando Maria da morte e a sua família da destruição.
Mas não se ficou por aqui. Procuram matar o menino Jesus, porque ia tomar o lugar que lhe é por direito como "rei dos Judeus"! Ainda não sabia falar e já tinha de fugir. Deus na pessoa de Jesus fugia das suas criaturas.
Não fosse fugir já algo de difícil, ainda para mais tinha que ir para uma terra idólatra, o Egipto.
Hoje celebramos, os anjos também o fizeram, mas para Jesus e família, apesar de toda a alegria do momento, foi tudo menos fácil o Natal!

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