3/21/2007

A paga do seu trabalho

Tenho pensado um pouco sobre o texto em que Paulo diz que procedeu "para com os judeus como Judeu, e para os que estavam sem lei, como se ele próprio estivesse sem lei"; pergunto-me o quão difícil é isto na realidade.

Às vezes olhamos para este texto e parece-nos bonito, mas a verdade prática é tão difícil. Paulo por se ter tentado chegar a Judeus e Gentios, para os levar à salvação, foi deixado quase como morto (aliás não lhe bateram mais porque pensavam que ele estava morto), foi perseguido pelos judeus (o perseguidor era perseguido) e os gentios (principalmente em Éfeso) não gostavam muito da sua companhia.

Para além do que ele sofreu na pele, ainda nos esquecemos do que ele sofreu para se integrar nas sociedades gentílicas, pois eram completamente diferentes da sociedade judaica e Paulo era Judeu; ainda para mais, Paulo não ganhou todos aqueles a quem falou, "mas fiz-me tudo para com todos (inclusive os que os maltrataram) a fim de ganhar alguns.

Mas quando este texto acaba ele acrescenta, "fiz tudo por causa do evangelho", e isto é um pouco estranho. Hoje em dia fala-se em pessoas (o que em parte concordo), mas a razão que levava Paulo a evangelizar, a agir como Judeu para os Judeus, como gentio para os gentios, como fraco para com os fracos, não eram as pessoas, mas o próprio evangelho. Ele disse, "fiz tudo por causa do evangelho" e não "fiz tudo por causa" das pessoas. Na realidade se assim fosse ele tinha desistido, mas como o evangelho de Cristo está acima da possível aceitação do mesmo, Paulo continuou.

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3/13/2007

Uma carta a um possível ateu

Cara Carolina; redigi uma primeira carta ao teu primo Jorge, na qual tentei, por A+B, provar que Deus pode ser real, apesar de não ser notório aos nossos sentidos. Após encontro com ele, tomei conhecimento que não acreditas na existência de Deus e que vives a tua vida dessa forma. Ora bem, como disse ao teu primo, não quero de forma alguma parecer arrogante para contigo, mas gostava de te mostrar o perigo daquilo que afirmas. O perigo do pensamento que diz "Deus não existe" é enorme e pode levar à consequência de gigantescas desgraças para a humanidade. Pondera comigo em algumas perspectivas.

O ateísmo, defende que todos somos produtos de uma evolução, e que através de uma selecção natural, a raça superior permanece e as raças inferiores são exterminadas.

Ideias como essas, levaram homens como Hitler a fazer uma selecção. Hitler sonhou com a raça ariana, uma raça humana superior. Tudo bem, segundo a vossa forma de ver o mundo é legítimo o pensamento de Hitler. Mas a questão é o que ele fez para tentar criar essa raça. Os Judeus, raça inferior para Hitler, tinham de ser exterminados pois era o curso natural da natureza. Seis milhões de Judeus morreram nas mãos de um homem, porque segundo essa forma de ver o mundo e a nossa existência, Deus não existe.

Mas pergunto-te, achas correcto o que ele fez? Se sim, para de ler esta carta, porque decerto que não és humana; se não, com que base afirmas a tua opinião.

Num mundo onde Deus não existe, não existem valores absolutos. Como vocês dizem, "não existe verdade absoluta".

Já paraste para pensar que esse chavão que vocês utilizam está virado contra vocês. Vocês declaram que é absolutamente verdade que não existe verdade absoluta. É no mínimo contraditório.

Mas voltando ao que te dizia, se Deus não existe, então ninguém define o que é correcto e incorrecto! Quem é a pessoa emocionalmente, psicologicamente, espiritualmente e intelectualmente perfeita, capaz de avaliar o valor das acções humanas, para que depois possa dizer lícito ou ilícito?

Quem pode acusar o Hitler, o Saddam Hussein, o Milosevic, de crimes contra a humanidade? Afinal de contas, foi a ideias deles contra a ideia dos outros, e como não existem absolutos, cada um tem a sua ideia do certo e errado, e assim podem ser justificados os actos deles.

Achas aceitável esta forma de viver? Quem vive assim, fá-lo por um descargo de consciência, para não ter nada de seja acusado, pois não existem leis.

Voltando ao assunto acima descrito pensemos. Ninguém concorda com os actos de Hitler e de outros semelhantes a ele, mas porquê? Porque será que existe em nós esta valorização da vida? Segundo o ateísmo, a vida é um "acidente", um acaso por onde a evolução passa. Se é um acidente, ou um estágio da evolução da matéria inicial, porquê defende-la? Afinal a evolução está a seguir o seu curso!

Mas a verdade é que ninguém pensa assim, todos valorizamos o direito à nossa existência, todos valorizamos a vida. Mas porquê?

Quem escreveu em nós esta máxima acerca da vida? O ateísmo não pode responder, porque não tem ninguém superior à "evolução" que defina as regras segundo as quais a "evolução" se desenvolve. O teísmo, ao ter Deus na origem de tudo, responde de forma total a essa pergunta.

O teísmo coloca Deus, um ser totalmente perfeito, vivo, pessoal, auto-sustentável e auto-existente, na origem da criação. Dizem as escrituras, nas quais não crês para tua própria condenação, que "no princípio criou Deus os céus e terra" (Gn 1:1).

É para mim mais racional crer, que alguém perfeito, um planeador inteligente, criasse todo este universo complexo, cheio de leis e de mistérios, do que imaginar uma célula simples, sem vida, inteligência ou alguma similaridade de pessoalidade, criasse algo tão intrincado.

Segundo o teísmo, Deus colocou em nós uma lei moral, coincidente com a sua natureza perfeita e santa. Paulo, escritor sacro ungido pelo Espírito Santo, diz na sua epístola aos romanos, capítulo 2, versos 14 e 15 o seguinte, "actualmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os". Essa lei, a que muitos chamam de consciência, é o que define a licitude dos nossos actos.

Queres saber porque não aceitas que ninguém te mate? Porque a lei diz "Não matarás" (Êxodo 20:13). Por isso consideras errada a atitude do Hitler.

Qual a razão para o roubo ser errado? Diz a escritura, "Não furtarás" (Êxodo 20:15). Questionas-te do porquê do peso da tua consciência quando adulteras? Porque diz Moisés na Lei de Deus, "Não adulterarás" (Êxodo 20:14)

Porque será que não gostas que componham falso algo sobre a tua pessoa? Porque a Bíblia diz "Näo dirás falso testemunho contra o teu próximo" (Êxodo 20:16).

Porque não aceitas que olhem para o teu conjugue, para os teus bens, com outros intentos? Porque a Ordem de Deus é "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." (Êxodo 20:17)

Porque julgas como errado a desobediência dos filhos aos pais? Porque a escritura diz "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êxodo 20:12).

Porque te julgas merecedora de um dia, no mínimo, de descanso? Porque a escritura diz "Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra" (Êxodo 20:9-10). Pena é que use esse dia de forma errada.

Porque será que a humanidade tende a imaginar que existe um ser divino, superior à criação? Porque está escrito na mesma lei "Não terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20:3). Ficou escrito no nosso coração que Deus existe, logo no início.

Toda esta Lei, segundo Paulo, está escrita nos nossos corações e isso responde à pergunta que te fiz acerca do valor que damos à nossa vida; da razão de não aceitarmos furtos, homicídios, adultérios etc…

Ninguém aceita porque Deus é real e escreveu estas leis em nossos corações. São valores absolutos, aqui ou na china todos defendemos o mesmo.

Peço-te que ao leres esta carta, ponhas em consideração a existência de Deus, e que nasça em ti o desejo de aprenderes mais sobre ele. Caso aconteça, aconselho-te a leres as sagradas escrituras de forma que possas ver a realidade da pessoa de Deus.

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3/06/2007

Não sei o que diga acerca do estado do meu país! Como sabem, aqui em Portugal, foi aprovada, através de referendo, a liberalização do aborto. Sinceramente já o esperava. Nunca imaginei que neste segundo referendo o não ao aborto conseguisse vencer. Não por uma falta de fé, mas porque o que está escrito na Bíblia tem de se cumprir, e Paulo lembra-nos que nos últimos dias muitos ficariam sem "afeição natural" (amor materno).

A minha questão não se coloca com o referendo em si, mas com o que aí vem. Sem dúvida que no futuro, a lei da Eutanásia será estabelecida, a legalização de casamento entre homossexuais ocorrerá, e muitas outras coisas contrárias à Bíblia serão aprovadas.

Quando essas leis forem aprovadas, nós Igreja teremos de pregar contra a lei instituída. Ao faze-lo iremos estar a pregar contra a mesma, e não sei até que ponto, estaremos a correr o risco de sermos presos por defender o evangelho de Cristo.

O que eu desejo motivar a cada um de vós, é que no futuro, quando isto começar a acontecer, sejais capazes de defender o evangelho mesmo que isso vos custe a vida.

Sei bem que este não será o meu post mais bem aceite, mas não sei até que ponto é o mais correcto.

Deus vos abençoe.

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